18 janeiro 2006

Jura



Jura que mentirás com tal doçura
E que me enganarás com tal ternura
Jura que me dirás todas as juras
E que me iludirás com igual candura
Jura que falarás de um tal futuro
Jura que enganarás com tal loucura
Jura que me farás sólido muro
Com, o qual eu fingirei estar segura
E que me enganarás tão sem censura
Que eu acreditarei na tua jura
Mesmo a sabendo falsa e mentirosa
Mesmo a sentindo jura perigosa
E que tudo que dizes com carinho
É falsa flor, é verdadeiro espinho
Jura que enganarás meu coração
Com a serpente improvável da emoção
Com a faca acutilada da paixão.
Ah jura que a mentira será louca
Jura que o fingimento será tanto
Que eu acreditarei no teu encanto
E farei deste engano meu segredo
E desta falsidade meu espanto
Nada terá sentido eu sei, no entanto
Eu mesmo assim te fingirei verdades
Eu me consolarei na falsidade
E te amarei pra sempre, por enquanto

3 comentários:

Vera Vilela disse...

Essa de ficar pra sempre, por enquanto é massa, adoro, adoro, adoro, plagiando alguém...rs
Você é o máximo mesmo!
Beijão

Anônimo disse...

Mhel,

puxa vida, sua escrita é muito bonita, perceptiva, e traz tanto da natureza humana que vive neste planetinha, mas juro que tudo isso é complicado demais pra mim...

Gosto muitão de você.
beijos,
Cla.

parla marieta disse...

Juro, juro, juro.
É um dos seus poemas que mais amo.
amo você.
Little.